sexta-feira, 8 de abril de 2011

Sobre a Programação Geral.

Abaixo disponibilizamos nossa Programação Geral. (Esta é de caráter provisório, pois ainda há detalhes a serem definidos e alguns horários podem ser alterados.)


Programação Geral

1º Dia: 07 de junho de 2011

08:00 – 10:00 horas: Inscrições remanescentes para Ouvintes e Credenciamento.
(Obs.: O Credenciamento acontecerá até as 18 hrs. deste dia.)

10:00 – 12:00 horas: Conferência de Abertura.


Por uma História Antropofágica?
A problemática das relações interdisciplinares

Prof. Dr. Eugênio Rezende de Carvalho (UFG)

Resumo: A conferência pretende explorar – e contribuir com – o debate sobre as relações da ciência histórica com as demais ciências e os outros campos do saber, desde o início do processo de sua constituição como disciplina autônoma até a atualidade. O foco central será, portanto, a análise da problemática das relações interdisciplinares a partir do âmbito da ciência histórica, passando pela abordagem das colaborações dadas, mas também das perturbações provocadas, pelos campos científicos e disciplinares alheios ao território da história e ao ofício do historiador. Por fim, tal análise servirá de fundamento à proposição de uma pauta sintética para o norteamento dessas relações interdisciplinares, utilizando-se da metáfora de uma “história antropofágica”, que se alimenta das sempre bem-vindas contribuições alheias, mas sem perder a sua própria identidade disciplinar, por mais permeável, provisória, dinâmica e contraditória que ela seja. Assim, é como bem afirmou Oswald de Andrade: só a Antropofagia nos une.

14:00 – 18:00 horas: Sessões Coordenadas.

18:30 – 20:00 horas: Minicursos.
(Favor conferir aqui a relação dos minicursos que serão ofertados, e seus respectivos horários.)

20:00 – 22:00 horas: Mesa-Redonda (Teoria da História).
Professores Doutores: Carlos Oiti Berbert Junior (UFG), Cristiano Pereira Alencar Arrais (UFG), Luiz Sérgio Duarte Silva (UFG) e Rafael Saddi (UFG).
*Em breve postaremos maiores informações...*


2º Dia: 08 de junho de 2011

08:30 – 10:00 horas: Minicursos.

10:00 – 12:00 horas: Conferência.


Para além da estética e da retórica: os argumentos éticos na Narrativa Histórica

Prof. Dr. Rafael Saddi (UFG)

Resumo: O objetivo desta conferência é desenvolver uma análise sobre a narrativa histórica como a forma expressiva, de formatação lingüística-literária, da História. Tal forma se expressa, segundo Rüsen, em princípios pré-cognitivos tais como os princípios estéticos e retóricos. A hipótese que pretendemos apresentar é que, além destes dois princípios, a forma expressiva da História lida também com um princípio ético, que fortalece a capacidade de convencimento do público-alvo, fornecendo plausibilidade para o sentido normativo que a história narrada pretende fornecer. Trata-se de ampliar a perspectiva sobre o modo como os valores morais são mobilizados na produção da narrativa histórica e interferem profundamente na produção da verdade histórica e no sentido de orientação que esta História fornece para a orientação temporal do homem na vida prática. Trata-se, também, de diferenciar o modo como estes valores morais são mobilizados em uma narrativa histórica regulada metodicamente, científica, do modo como eles se estabelecem em uma narrativa histórica produzida fora dos âmbitos acadêmicos. O modo científico requer coerência estética, coerência retórica e coerência ética. 

14:00 – 18:00 horas: Sessões Coordenadas.

18:30 – 20:00 horas: Minicursos.

20:00 – 22:00 horas: Ainda a ser definido.

3º Dia: 09 de junho de 2011

08:30 – 10:00 horas: Minicursos.

10:00 – 12:00 horas: Conferência.


As histórias dos antigos e as histórias de hoje

Prof. Dr. Fábio Faversani (UFOP)

Resumo: A apresentação coloca em debate as formas pelas quais a história é entendida pelo público em geral nos dias atuais e a distância que separa o entendimento do público das concepções sobre o que seja a história na academia. Nestes debates acadêmicos, tem sido valorizada crescentemente uma retomada dos estudos da história como pensada pelos antigos e, em especial, do papel da retórica na construção dos textos historiográficos. Sendo assim, dedicamos também alguma atenção a exemplos das múltiplas formas pelas quais os antigos conceberam a história e em que estas percepções podem nos ajudar a pensar o fazer histórico entre os antigos e no presente.

14:00 – 18:00 horas: Sessões Coordenadas.

18:30 – 20:00 horas: Minicursos.

20:00 – 22:00 horas: Mesa-Redonda (História Medieval).
Professoras Doutoras: Adriana Vidotte (UFG), Armênia Maria de Souza (UFG), Dulce Amarante (UFG) e Renata Cristina (UFG - Jataí).
*Em breve postaremos maiores informações...*

4º Dia: 10 de junho de 2011

08:30 – 10:00 horas: Minicursos.

10:00 – 12:00 horas: Conferência de Encerramento.


Micro-História, origens, significados, empregos

Prof. Dr. Paulo Pinheiro Machado (UFSC)

Resumo: A palestra se focará nas origens contemporâneas da micro-história, notadamente sobre o emprego e as práticas dos historiadores italianos Ginzburg, Grendi e Levi e seus desdobramentos teóricos e metodológicos.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Sobre os minicursos.

Confira abaixo a relação dos minicursos que serão disponibilizados no evento.
Obs.: Saiba aqui como proceder a sua inscrição.


Relação de Minicursos

01.

A Era dos Exorcismos (1614-1999): a figura do diabo no imaginário ocidental e os desafios da historiografia


Philippe Delfino Sartin (Mestrando, UFG)


Resumo:

A proposta deste minicurso é discutir a polissemia da figura do diabo no imaginário ocidental, localizando-a em diversos regimes discursivos – a teologia, a literatura, as ciências humanas etc. A metáfora “A Era dos Exorcismos” se refere ao período compreendido entre a primeira publicação deste rito, no Rituale Romanum do papa Paulo V (1614), e sua primeira revisão, realizada séculos depois, no pontificado de João Paulo II, sob o título de De Exorcismus et Supplicationibus Quibusdam, em 1999. Esta delimitação permite, por um lado, que se lance luz sobre o papel desempenhado pela figura do diabo no que se convencionou denominar de “processo civilizador”. Por outro, integra a tentativa de compreender o interesse que o tema dos exorcismos e da demonologia despertou nos últimos anos, não apenas no meio católico, mas também – e talvez principalmente, no caso brasileiro – entre os adeptos das chamadas igrejas evangélicas, ou neopentecostais. Os discursos sobre o diabo pressupõem discursos sobre o Outro e sobre o mundo e, neste sentido, a sua investigação, por parte das ciências humanas, contribui significativamente para a compreensão do que se tem chamado, às vezes indiscriminadamente, de “o retorno da religião”.
Trata-se enfim, de breves observações e apontamentos que, circunscritos ao problema da “escrita da história”, buscam apresentar caminhos interpretativos já percorridos e por percorrer, indo desde a noção clássica de bruxaria, que agitou o debate demonológico dos séculos XVI e XVII na Europa, até o diabo hollywoodiano das caretas e dos efeitos especiais.

Cronograma:

Dia 07 de junho de 2011 – 18:30 às 20:00 horas: O diabo e as bruxas: conflitos da historiografia.

Dia 08 de junho de 2011- 18:30 às 20:00 horas: Romantismo, ocultismo e satanismo.

Dia 09 de junho de 2010 – 18:30 às 20:00 horas: O diabo no século XX: novas representações.

02.

Ordens de Cavalaria – da Cruzada à Reconquista (a ordem do Templo)

Ademir Luiz da Silva
(Doutor; Professor dos cursos de História e Arquitetura, UEG)

Resumo:

O objetivo deste mini-curso é analisar o papel desempenhado pelas Ordens Militares no contexto político, cultural e religioso da Europa, entre os séculos XII e XIV. Centraremos o debate na Ordem dos Templários, uma vez que sua Regra, escrita por Bernardo de Claraval, tornou-se modelo para as demais confrarias. Será destacada sua atuação no processo de Reconquista da Península, seguido do processo que a diluiu. 

Cronograma:

Dia 08 de junho de 2011 – 8:30 às 10:00 horas:
1 – Cruzada como Guerra Santa
2 – Contexto de formação das Ordens Militares
3 – A fundação, a atuação e a expansão da Ordem dos Templários.
4 – A Regra e a apologia à Nova Milícia de Bernardo de Claraval.

Dia 09 de junho de 2011- 8:30 às 10:00 horas:
1 – A Ordem dos Templários em Portugal.
2 – Gondomar, o templário portucalense.
3 – Atuação da Ordem dos Templários na Reconquista Ibérica.
4 - Relações entre a Ordem dos Templários e a Casa Real Portuguesa.

Dia 10 de junho de 2010 – 8:30 às 10:00 horas:
1 – O processo contra a Ordem dos Templários.
2 – A fundação da Ordem de Cristo em Portugal: confraria herdeira do Templo. 
3 – A Ordem de Cristo e a Casa Real portuguesa
4 – Raimundo Lúlio e a Nova Cavalaria.

03.

História Intelectual e História das Idéias: Uma abordagem Introdutória

Alexandre de Paula Meirelles (Mestrando, UFG)
Makchwell Coimbra Narcizo (Mestrando, UFG)

Resumo:

A História Intelectual e História das idéias é um tema que vem sendo retomado em diversas pesquisas no campo da História e das Ciências Sociais por conta da diversidade metodológica existente na conjuntura atual destas disciplinas. Cada vez mais os pesquisadores através deste tipo de trabalho nos mostram novas perspectivas e sentidos permitindo que uma nova abordagem das “experiências históricas” sejam feitas. O objetivo deste mini-curso é discutir e apresentar algumas metodologias e conclusões a cerca deste campo da História, uma analise didática com o intuito de divulgar este tipo de pesquisa pouco discutida em cursos de graduação.

Cronograma:

Dia 07 de junho de 2011 – 18:30 às 20:00 horas: Uma reflexão acerca dos domínios da História Intelectual e História das Idéias. Buscar-se-á tecer um mapeamento geral desses campos, destacando seus contornos e problemas principais.

Dia 08 de junho de 2011- 18:30 às 20:00 horas: A “Visão de Mundo” e as “Escritas de Si como escritas da história”: Uma analise das obras de Lucien Goldmann e Angela de Castro Gomes como possibilidades da História Intelectual.

Dia 09 de junho de 2011 – 18:30 às 20:00 horas: Uma abordagem da temática no contexto latino-americano. O “nosso próprio mundo” pensado por si, a busca de uma reflexão partindo do Movimento Latino-Americano de História das Idéias.

04.

Representações da Natureza: o cultural e o ambiental na análise de construtos identitários contemporâneos


Rafael Borges
(Doutorando e Professor da Faculdade de História, UFG)


Resumo:


O presente mini-curso tem como proposta debater e problematizar determinadas construções identitárias contemporâneas que se alicerçam em torno de representações estabelecidas a partir da natureza. Sendo o tema de história ambiental que mais se aproxima da história cultural, o minicurso pretende estabelecer os possíveis pontos em que ambas as linhas de pesquisa historiográfica se conectam, sobretudo no que se refere às recentes reflexões críticas ao Projeto Moderno Ocidental. A busca por novos loci de enunciação epistemológica é percebida na denúncia da violência manifestada na forma como a modernidade européia racionaliza e subjuga tanto o Outro quanto a Natureza, na medida em que vai sendo imposta pelo globo. O espaço de análise privilegiado será o continente americano, primeira alteridade essencial para o estabelecimento do ego moderno europeu e, portanto, um lócus de enunciação que visa romper com o discurso monotópico da modernidade ocidentalizante. As fontes históricas a serem problematizadas abrangem desde movimentos sociais, a obras de arte, literárias e cinematográficas.

Cronograma:

Dia 08 de junho de 2011 – 8:30 às 10:00 horas: Debate introdutório: “Natureza e Alteridade no Projeto Moderno Ocidental”.

Dia 09 de junho de 2011- 8:30 às 10:00 horas: Estudo de Caso: “O Movimento Ambientalista e a Identidade Biológica”.

Dia 10 de junho de 2011 – 8:30 às 10:00 horas: Estudo de Caso: “Natureza e identidades nacionais: o caso norte-americano”.

05.

O teatro trágico no século V a.C. em Atenas: mitologia, sociedade e as representações femininas em Eurípides.


Tatielly Fernandes Silva (Mestranda, UFG)

Resumo:

A proposta deste mini curso é discutir o espaço da representação teatral na Atenas Clássica como lugar de entroncamento de múltiplas vozes dentro da pólis e a particularidade de cada autor dramático como voz que ressoa em conjunto sem perder sua singularidade. O estudo do cânone literário, visto que o adorno da representação cênica não nos é mais acessível, formado pelo conjunto de tragédias que nos chegaram completas, permite-nos buscar localizar o autor enquanto mantenedor cultural, produtor, ao mesmo tempo em que o texto (enquanto estrutura), seus personagens, podem também nos fornecer possibilidades de verificação da relação estabelecida entre o feminino, o mitológico e o cívico.

Cronograma:

Dia 08 de junho de 2011 – 8:30 às 10:00 horas: Teatro, tragédia.

Dia 09 de junho de 2011- 8:30 às 10:00 horas: Mitologia e o feminino.

Dia 10 de junho de 2011 – 8:30 às 10:00 horas: Eurípides, Helena.

06.

Noções de Métrica Latina

Francisco Diniz Teixeira
(Doutorando e Professor da Faculdade de Letras, UFG)

Resumo:

Apresentar os elementos básicos da metrificação em fragmentos de poemas de autores latinos como Virgílio, Horácio e Catulo para escansão e leitura.

Cronograma:

Dia 07 de junho de 2011 – 18:30 às 20:00 horas: Apresentação de noções básicas; escansão de trechos de Virgílio.

Dia 08 de junho de 2011- 18:30 às 20:00 horas: Leitura e escansão de trechos de Catulo.

Dia 09 de junho de 2011 – 18:30 às 20:00 horas: Leitura e escansão de trechos de Horácio.


07. 

A História no Ensino de Línguas Estrangeiras

Elaine Arão Gouraud
(Professora e Doutoranda em Letras e Linguística pela Faculdade de Letras, UFG)

Resumo:

A história é uma ciência que proporciona uma melhor percepção das diferentes manifestações do pensamento, bem como dos fenômenos sociais, políticos, linguísticos, dentre outros. Para uma melhor compreensão deles, é necessário uma perspectiva e abordagem interdisciplinar, visto que a História, a Linguística e a Literatura estão completamente imbricadas entre si, qual seja,  fenômenos existentes em uma delas  justificam, explicam e  esclarecem outros existentes nas demais. Neste minicurso analisaremos a influência de alguns fatos históricos na evolução do francês, inglês e português atuais, para que possamos perceber que é muito mais fácil compreender e falar mais de um idioma, se levamos em conta a origem dos fenômenos linguísticos que provocaram mudanças nas línguas e as trouxeram a seu estágio atual. Personagens como Carlos Magno, Guilherme ' O Conquistador ', Henrique IV, Joanna D’Arc, dentre outros, exerceram fundamental importância na formação do francês, do inglês e do português atuais. A influência exercida entre estas línguas continua existindo até os dias de hoje, fazendo com que o estudo de uma auxilie na compreensão da outra, bem como proporciona uma visão geral dos acontecimentos históricos que contribuíram, e ainda contribuem, para a caracterização de cada uma delas. Analisaremos exemplos de vocábulos existentes no inglês, francês e português atuais, de forma a percebermos que dominar um idioma é mais simples do que parece, desde que tenhamos uma visão interdisciplinar ao estudarmos. O conhecimento da História exerce papel fundamental neste processo, facilitando uma melhor compreensão das línguas e também da realidade. É o que demonstraremos neste minicurso.

Cronograma:

Dia 08 de junho de 2011 – 8:30 às 10:00 horas: A importância da História na formação das línguas indo-européias.  

Dia 09 de junho de 2011- 8:30 às 10:00 horas: Apresentação de fatos históricos e análise de vocábulos pertencentes ao inglês, francês e português atuais, resultantes deles.

Dia 10 de junho de 2011 – 8:30 às 10:00 horas: Análise de vocábulos pertencentes ao inglês, francês e português atuais, resultantes de influências históricas.